Conhecida nos Estados Unidos como “Mommy Makeover, tem como objetivo recuperar o contorno e a aparência do corpo da mulher, após as modificações ocorridas durante as gravidezes, afinal, foram nove meses de preparação deste corpo para receber o novo membro da família.
A maioria das mulheres observa sérias mudanças após essa experiência, chegando a afetar também aspectos psicológicos intensos, com a própria depressão. O ganho de peso durante a gestação altera o volume e formato do abdome que pode apresentar um aumento da gordura intra e extra-visceral, flacidez muscular, excesso de pele e, em alguns casos, estrias e alterações no formato do umbigo, como hérnias, etc.
Outras mudanças importantes que ocorrem são em relação aos seios, seu volume, formato e tamanho. Ocasionalmente, após o término da amamentação, essas mudanças são ainda maiores, com perda expressiva de volume.
A “cirurgia da mamãe” devolve à mulher a satisfação com o contorno corporal, minimizando as mudanças sofridas no período gestacional. Existem muitas áreas do corpo que podem ser abordadas, mais comumente os seios, abdome, cintura e glúteos.
Um “Mommy Makeover” é normalmente realizado como um único procedimento cirúrgico, o qual deve seguir sempre os preceitos da cirurgia segura. Existem muitas técnicas utilizadas para fazer um “Mommy Makeover”, e muitos fatores devem ser levados em consideração ao escolher quais técnicas são as melhores: necessidade de pele a ser retirada, locais das incisões, tipo de implante mamário a ser usado.
Os possíveis procedimentos cirúrgicos realizados numa Mommy Mokeover”, são: mamoplastia de aumento (prótese de mama), mamoplastia redutora, abdominoplastia, lipoescultura com enxerto de gordura ou lifting nos glúteos.
O cirurgião plástico Ricardo Silveira (CRM: 101558), membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que a técnica é feita por meio de anestesia peridural com sedação ou geral. Para restaurar o aspecto natural dos seios, pode-se realizar incisões ao redor da aréola, em forma de raquete ou em T invertido, acompanhando a forma do biquíni. A extensão é definida de acordo com a quantidade de tecido a ser retirada e do tamanho e formato da prótese que será colocada. Já para a região abdominal, existem três tipos de plástica: a lipoaspiração somente, onde não existe muito excesso de pele ou flacidez muscular, a mini-abdominoplastia, que utiliza uma incisão menor, aproximadamente do tamanho da cesárea, e a abdominoplastia clássica, que demanda uma incisão de maior extensão. Nesse caso, a pele é retirada até a altura do umbigo. Por isso, é preciso fazer uma incisão ao redor dessa área, muitas vezes tratando uma hérnia umbilical apresentada durante a gestação”, comenta o médico. Em algumas situações, é necessário associar uma lipoescultura à abdominoplastia para melhorar o contorno da cintura, culotes, glúteos e pernas.
Dr. Ricardo ainda ressalta que a intervenção é indicada somente quando o peso corporal estiver estabilizado, normalmente, seis meses depois do término da amamentação. A Mommy Makeover”deve ser planejada após a mulher decidir não ter mais filhos, para que o resultado alcançado através dos procedimentos não seja perdido com uma futura gravidez”, orienta. A duração da cirurgia varia entre três a seis horas e o tempo de recuperação até o retorno das atividades diárias varia de quinze a trinta dias. Os cuidados do pós-operatório contemplam por exemplo o uso de cintas cirúrgicas compressivas. A paciente também terá que evitar a exposição ao sol, imersão em banho de piscina ou mar, além da prática de atividades físicas mais intensas por um mês, finaliza o especialista.